Russell cometeu adultério com Rose Ball?

 


ENTENDA AS ACUSAÇÕES:
As acusações — feitas pela própria esposa de Russell num julgamento — são de que Russell teria se comportado de forma não apropriada ao acolher Rose Ball em sua casa, e que ela era menor e órfã. Russell supostamente teria dito a Rose Ball que ele era como uma “água-viva, vivo flutuando aqui e ali toco numa e em outra e se ela retribui a pego para mim, se não retribuir flutuo para outra”. Por conta dessas acusações feitas por Maria Russell, outras pessoas agora afirmam que Russell havia sido um adúltero e/ou um pedófilo.
SERÁ QUE A PRÓPRIA MARIA RUSSELL O ACUSOU DE SER ADÚLTERO OU PEDÓFILO?
Não. Maria Russell nunca usou a palavra “adultério” em suas acusações, muito menos “pedófilo”. Mesmo em um dos processos movidos contra Russell, quando Maria disse que Rose Ball teria dito que Russell havia falado com Rose que ele era como uma “água-viva”, o juiz determinou que tais acusações não tinham nada que ver com o caso sendo julgado e determinou que isso fosse removido dos autos do processo. Que a  própria Sr.ª Russell jamais acreditou que o Irmão Russell tivesse cometido adultério ou era culpado de conduta imoral fica provado nos registros do caso julgado (página 10). Ao ser perguntada: “Você quer dizer que seu marido é culpado de adultério?” Ela respondeu: “Não.”
Ainda sobre tais acusações, o livro Proclamadores tece os seguintes comentários:
O próprio advogado dela perguntou à sra. Russell se ela achava que seu marido era culpado de adultério. Ela respondeu: “Não.” Vale notar também que, quando uma comissão de anciãos cristãos ouviu as acusações da sra. Russell contra seu marido, em 1897, ela não fez menção das coisas que mais tarde declarou no tribunal a fim de persuadir o júri de que se devia conceder o divórcio, embora esses alegados incidentes ocorressem antes daquela reunião.
Nove anos depois que a sra. Russell levara o caso ao tribunal, o Juiz James Macfarlane escreveu uma carta em resposta a um homem que procurava uma cópia dos autos do processo de modo que um de seus associados pudesse comprometer Russell. O juiz disse-lhe francamente que o que ele queria seria perda de tempo e de dinheiro. A carta dizia: “A base do pedido dela e da sentença no veredicto do júri foi ‘indignidades’ e não adultério, e a prova testemunhal, segundo eu sei, não mostra que Russell levava ‘uma vida adúltera com uma co-ré’. De fato, não havia co-ré.”
O próprio reconhecimento tardio de Maria Russell veio nos funerais do irmão Russell no Carnegie Hall, em Pittsburgh, em 1916. Usando um véu, ela seguiu pelo corredor até o esquife e depositou ali um buquê de lírios-do-vale. Fixa nele havia uma fita com os dizeres: “Ao Meu Amado Esposo.” (jv cap. 29 p. 646)
QUE DIZER DE ROSE BALL? ERA MESMO UMA CRIANÇA NA OCASIÃO?
Embora paire até hoje a acusação de que ela era uma menor e órfã por ocasião de sua acolhida na casa de Russell, os fatos mostram o contrário. Pesquisas nos arquivos australianos depois de ela emigrar com o marido para a Austrália, mostram que Rose Ball nasceu em 1869 e tinha 25 anos na época dos fatos alegados.
De fato, durante o julgamento de separação entre Russell e Maria, Maria Russell apresentou Rose de uma maneira completamente diferente, afirmando que ela “tinha cerca de 19 ou 20 anos quando chegou em nossa casa e que isso [seu casamento com E. C. Henninges] ocorreu 12 anos depois, então ela tinha 32 anos” (quando se casou com Henninges). Essa informação está correta. Se Rose nasceu em 1869, tinha 19 anos em 1888 quando se juntou à família Russell e, portanto, era adulta.
É interessante notar que Rose Ball se juntou, em 1909, ao recém-criado grupo dissidente dos “Estudantes da Bíblia Livres”, formado em resultado da controvérsia sobre a mudança do entendimento de Russell sobre o “Novo Pacto”. Seu marido, E. C. Henninges, foi um dos primeiros líderes do novo grupo, que existe até hoje, em diversos países. Na época, houve muita troca de farpas entre Russell e os dissidentes. Se essas acusações fossem verdadeiras, não teria Rose Ball ido a público contra Russell? Não teriam os Estudantes da Bíblia Livres, na época sendo severamente criticados por Russell, usado essa informação vital para desmoralizar seu oponente? O fato é que isso jamais ocorreu. A conclusão, portanto, considerando todos os fatos disponíveis, é que tais acusações da parte de Maria Russell eram de caráter leviano e mentiroso.

Rose J. Ball
(18 de março de 1869 – 22 de novembro de 1950)
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