“Os sãos não precisam de médico, mas os que estão doentes.” — Marcos 2:17
A CENA DE NOSSA LIÇÃO retrata a experiência em que Jesus e seus discípulos caminhavam pela estrada que leva para fora do Templo de Jerusalém e encontram um homem cego de nascença. Os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego?” – João 9:2
A pergunta dos discípulos de Jesus foi resultante dum conceito aparentemente comum em seus dias – o de que o sofrimento é castigo pelo pecado. Essa máxima filosófica não era nova. Já nos dias de Jó ideia similar foi expressa. Três consoladores de Jó atribuíram às calamidades que entraram em sua vida uma característica punitiva pelos pecados ocultos. Ainda hoje tal crença é bastante prevalente. Muitas pessoas demonstram convicção de que as inúmeras doenças, catástrofes naturais, guerras e outras calamidades constantes sobre o mundo atual, são expressão plena do julgamento penal divino, quer sobre os ímpios, quer sobre a humanidade em geral.
Se pudéssemos ver um padrão consistente na aplicação de tal princípio, talvez parecesse mais plausível acreditar que os piores pecadores experimentam os piores castigos – dor, deficiência, etc. Esse, no entanto, não é o caso.Alguns dos mais perversos parecem sofrer menos e vice-versa. O profeta Malaquias, observando esta situação global, foi motivado a escrever: “Agora nós chamamos os soberbos; sim, os que cometem impiedade são convocados.” – Mal. 3:15
A resposta de Jesus aos discípulos negou enfaticamente o raciocínio falho, ele declarou: “Nem ele pecou, nem seus pais; Mas que as obras de Deus se manifestem nele.” (João 9:3) Pensamento semelhante foi expresso na ocasião da ressurreição de Lázaro dentre os mortos. Jesus disse às testemunhas daquele evento importante que a doença de Lázaro “não era para a morte, mas para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” (João 11: 4) Lázaro, de fato, morreu, mas foi trazido à luz da sepultura e, sem dúvida, viveu um período de vida normal até falecer novamente.
POR QUE DEUS PERMITE O MAL
Uma das “coisas profundas” da Verdade é o conhecimento sobre por que Deus permite o mal. Muitos no mundo gostariam de obter resposta para essa pergunta.A Bíblia explica que toda calamidade, pobreza, doença, e maldade que se abate sobre a humanidade finalmente culmina no último inimigo – morte – laborando para benefício humano eterno.
As Escrituras ensinam que um poderoso contraste deve manifestar-se na breve experimentação da humanidade.Depois de haver tido experiência com o “mal” durante esta vida, todos vão, no devido tempo, ser despertados do sono da morte e trazidos à luz no glorioso Reino de Cristo para então experimentarem o “bem”.No final desse período exposto aos benefícios de se viver dignamente, cada indivíduo será capaz de tomar decisão inteligente na escolha objetiva entre duas alternativas – servir a Deus e viver, ou seguir a Satanás e morrer.Para a grande maioria essa não será uma decisão difícil de tomar.
Cristo nos ensinou a orar por seu Reino vindouro, afirmando: “Venha o teu reino.Seja feita vossa vontade assim na terra como no céu.” (Mat. 6:10) Durante este tempo, o amor e a misericórdia de Deus se manifestam a toda a humanidade, e ela aprenderá a valorizar as bênçãos que Deus derramará liberalmente.O Reino aproximará homens de Deus e do Redentor, Jesus Cristo, através da correta compreensão, de personificação amorosa e sábia. Mediante uma consideração do plano divino desenvolvido até seu clímax, a humanidade ganhará, como manancial corrente, uma valorização de sabedoria, justiça, caridade e grande poder, os seres humanos alcançarão o ponto onde louvarão e glorificarão o nome do Pai Celestial para sempre!
Jesus, usando um cego como base para a sua preleção, declarou: “Eu preciso concluir as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; A noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” (João 9:4) O “dia” referido aqui se refere ao ministério terreno de Jesus, durante o qual ele pregou o “evangelho do reino” e realizou milagres entre o povo como exemplos de bênçãos reservadas ao conjunto da humanidade em momento posterior. Lemos em Lucas 8:1, “E sucedeu que, … ele correu por toda cidade e aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus.” Essa foi a comissão de Jesus quando esteve na terra.Além disso, ele teve que dar a própria vida em resgate por todos. Assim como ele andou pregando e curando, também foi envolvido na oferta sacrificial de sua vida, como Redentor do homem.
A “noite” mencionada em João 9:4 refere-se à morte de Jesus.Para ele, bem como para toda a humanidade quando morremos não há “nenhuma obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria, na sepultura, para onde tu vais.” (Ecl. 9:10) Jesus sabia que sua vida estava chegando ao final e que devia ser diligente e zeloso para fazer o trabalho para o qual Deus o enviou.Não haveria mais oportunidade para abençoar a humanidade com as ilustrações de bom ânimo depois que houvesse silêncio na sepultura. Incluía isso a cura de todas as doenças, o que representava uma alegoria do bem mais amplo trabalho de purificação que será realizada no Reino pelo Grandioso Médico.
JESUS, NOSSO MINISTRO MEDIADOR
Jesus foi nosso “ministro da mediação”, reconciliando-nos com Deus.O apóstolo Paulo explicou:“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Cor. 5:17,18). Adiante, nos versículos 20 e 21, segundo a interlinear tradução Emphatic Diaglott, preparada por Benjamin Wilson, Paulo prosseguiu: “Em nome de Cristo, portanto, somos embaixadores, como se Deus estivesse acenando através de nós, rogamos, em nome de Cristo, – sede reconciliados com Deus! Pois aquele que não conheceu pecado, ele mesmo fez uma oferta pelo pecado em nosso nome, para que nos tornássemos justiça de Deus nEle.”
Nos versículos acima é explícita a dupla obra de Jesus em nosso favor. Primeiramente, ele pagou o resgate, a fim de que possamos ser “reconciliados” quanto a Deus e justificados – inocentados – aos seus olhos. Secundariamente, durante os três anos e meio de seu ministério, Jesus foi tornado oferta pelo pecado alheio, ficando desenvolvido por meio de experiências, atuando como Sumo Sacerdote.Ele “compadeceu-se das nossas fraquezas” e foi “tentado [testado] em tudo”, como os homens. (Heb. 4:15) Como resultado dessa dupla obra de Jesus, podemos ser parte da família gloriosa de Deus – filhos de Deus – e receber o “ministério da reconciliação” como “embaixadores de Cristo”.
Paulo continua em 2 Coríntios 6:1, articulando: “E nós, cooperando com ele, também vos exortamos que não recebestes a graça divina em vão.” Se formos incluídos na família de Deus pela graça, tendo justificadamente recebido filiação legítima, diariamente apropriar-nos-emos dos benefícios depositados em nosso nome pelo Sumo Sacerdote, que será diligente no complexo trabalho futuro. Sermos considerados “cooperadores com ele” é quase um privilégio incompreensível, certamente não devemos receber impuros toda benignidade de Deus. Pelo contrário, devemos ser zelosos e diligentes para exercer este ministério da reconciliação com o melhor de nossas habilidades, visando glorificar a Divindade, “Conceda, sem ofensa de qualquer espécie, que o ministério não seja censurado.” – vs. 3
Retomando o relato evangélico, em João 9, Jesus proclamou: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” (vs. 5) Em outra ocasião, ele também falou aos seus seguidores: “Vós sois a luz do mundo. A cidade edificada sobre um monte não pode ser escondida. Nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e ela dá luz a todos que estão dentro da casa. Deixem que a sua luz brilhe diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mat. 5:14-16.). Precisamos executar o mesmo labor que Jesus realizou quando andou sobre a terra. Havemos de brilhar como luzeiros, proclamando a mensagem do Evangelho e anunciando as boas novas de benevolência que ocorrerão durante a Era Messiânica, quando o Império de Cristo estiver exteriorizado sobre a superfície terrena e “os habitantes do mundo aprenderem justiça.” – Isa. 26: 9
Hoje ninguém pode ressuscitar os mortos ou curar doentes, como Jesus fez. Todavia, podemos propagar o Evangelho com sua boa notícia a respeito do momento em que toda pessoa será ressuscitada dentre os mortos e perceberá missão pacificadora, presente à sua disposição. O salmista, quando referiu o Reino de Cristo, disse que todas as doenças da humanidade serão eliminadas e as transgressões removidas. (Sal. 103:3,12) Todo mundo possuirá capacidade efetiva para “cumprir Seus mandamentos”, “bendizer o SENHOR”, e “conferir prazer.” Tendo assim obtido “o ministério da reconciliação”, disponibilizado a cada sujeito no tempo devido, os obedientes dispostos se consagrarão “administradores.” – vss. 20-22
JESUS CUROU O CEGO
Depois de Jesus demonstrar a seus seguidores que o cego não estava em seu estado lastimável devido aos próprios pecados ou aos de seus pais, ele passou a curá-lo. “Ele cuspiu no chão, e fez lodo com a saliva, e ungiu os olhos do cego com o barro, e disse-lhe: ‘Vai, lava-te no tanque de Siloé’ … Ele seguiu seu caminho, pois, e lavou-se, e voltou vendo.” – João 9:6,7
É interessante notar que a cura do cego ocorreu no dia de sábado. (vs. 14) Nas Escrituras o sábado aponta para o Reinado, quando Cristo será Senhor do sábado. (Lucas 6:5) No entanto, o fato miraculoso afetou apenas um homem. Pense nos bilhões em todo o planeta vivendo ao longo da história humana que desceram – doentes, sofrendo e agonizando – ao túmulo.
O Senhor não planejou apenas curar os poucos que suas mãos leves tocassem durante o curto ministério terrestre. Seu plano inclui todos os filhos de Adão. “Desde que por um só homem veio a morte, por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, assim também [todos] em Cristo … serão vivificados.” O relato acrescenta que Deus dará aos ressuscitados “um corpo como lhe aprouve.” (1 Cor. 15:21,22,38) Não seria “favor” de Deus elevar humanos mortos com corpos mutilados e deformados. Se Suas mãos ternas removerão todos os membros da raça humana para fora da sepultura comum, eles serão necessariamente curados e restituídos à vida terrestre com corpos e mentes sadios. Assim, estarão em condições de receber a notícia: o glorioso reino – o memorável Dia Sabático de Cristo – lhes outorgará a primeira oportunidade integral, mormente destinada a quem verdadeiramente deseja conhecer e amar o Criador e seu filho, Jesus Cristo, santo Salvador.
O PAPEL DO CEGO
O cego tinha uma função a desempenhar para êxito seguro do milagre. Ele teve que se lavar no tanque de Siloé. Precisava demonstrar obediência e fé. Também em outras ocasiões, quando as pessoas eram curadas por Jesus, certa medida de fé teve que ficar evidente. Por exemplo, quando cura do homem paralítico, Jesus instruiu-o a comprovar fé pegando sua cama e caminhando, assim ocorreu, para estupefação dos observadores reunidos. – Marcos 2:9-12
O homem cego é tipificado na cegueira mundana. Há muitos cegos no mundo de hoje, mas poucos recebem visão espiritual. Em breve, chegará um dia no qual os olhos dos cegos serão abertos e os ouvidos dos surdos ouvirão. (Is. 35:5) Como descrito nas palavras de nosso texto temático, o sistema mundial inteiro está ‘doente’ e ‘necessitando de médico’ para curá-lo das moléstias – do corpo, da mente, e do espírito. Essa será majestosa consumação do Domínio de Cristo.
No presente momento, nós, que estamos entre os servos devotados de Jesus fomos abençoados mediante mergulho no reservatório de Siloé. Temos sido curados, não fisicamente, mas espiritualmente.Nossos ouvidos tiveram o privilégio de ouvir, e nossos olhos puderam ver as belas promessas dos Planos infalíveis. – Mat. 13:16
A palavra Siloé significa “enviado”. Jesus é Enviado de Deus para atrair discípulos dispostos à continuidade da obra evangelizadora desta Era. Aqueles que acatam o chamado se aproximam do Eterno – recebem Espírito Santo Iluminado Transformador.
VIZINHOS
“Então os vizinhos e aqueles que antes tinham visto que era cego, disseram: Não é este o que estava assentado e mendigava? Alguns diziam: Este é aquele. Outros diziam: Ele é parecido com ele: mas ele disse, Eu sou ele. Por isso, perguntaram-lhe: Como se te abriram os olhos? Ele respondeu, dizendo: O homem que se chama Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: ‘Vai ao tanque de Siloé, e lava-te’; eu fui lavar-me e fiquei vendo.” – João 9:8-11
Os vizinhos do cego podem representar adequadamente nossos associados, colegas de trabalho, amigos ou até parentes. São céticos quando lhes contamos como nossos olhos foram abertos por Jesus para recebermos uma cura espiritual e damos testemunho acerca da maravilhosa mensagem do Reino por todo o globo. Nem todos os homens têm expectativa de fé agora. Todavia, alguns podem ser movidos por nossa mensagem, vindo a Cristo apresentados como sacrifício vivo espiritualmente tratado. Não são muitos hoje os convictos disso, mas somos gratos porque logo todos os homens sentirão apreço por Cristo, quem e ansiosamente.
OS FARISEUS E OS “DEMAIS”
O relato continua: “Levaram aos fariseus o homem que fora cego. Eis que era dia de sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Em seguida, novamente os fariseus também lhe perguntaram como ele tinha recobrado sua visão. Ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, e eu lavei, e vejo. Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais milagres? E havia uma divisão entre eles. Eles interrogaram o cego de novo: Que dizes dele, que ele te abriu os olhos? Ele disse: Ele é um profeta.” (vss. 13-17) Infelizmente, confusas opiniões foram expressas e interpretações incongruentes elaboradas por alguns supercríticos – sempre duvidando dos acontecimentos em vez de exercerem simples credibilidade, esboçando aceitação do que todos os olhares claramente testificaram. O cego, porém, percebeu simplesmente que Jesus era um Profeta.
O versículo 18 diz: “Mas os judeus, enquanto não chamaram seus pais, não acreditaram, a respeito dele, que tinha realmente sido cego e recuperado a vista.” Os judeus em geral, e especialmente os líderes religiosos, tinham reduzida fé em Jesus. Foram particularmente agravados e contrariados em razão de muitos milagres serem realizados no dia de sábado. Cegos espiritualmente, não perceberam que Jesus preferiu curar no sábado ilustrando a maior concentração de curas vindouras durante o Comando Messiânico – o Grande Dia Sabático.
OS PAIS DO CEGO
Quando os judeus chamaram os pais do homem cuja cegueira mostrava-se extinta, “perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê ele agora? Seus pais lhes responderam, e disseram: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego. Mas por que motivo agora vê ou quem lhe abriu os olhos, não sabemos, ele é maior de idade, perguntem-lhe e ele falará por si.” (João 9:19-21) Os judeus, em seguida, voltaram-se para o homem anteriormente cego e disseram: “Nós sabemos que esse homem [Jesus] é pecador.” O homem respondeu: “Se ele é um pecador ou não, eu não sei; a única coisa que sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo.” – vss. 24,25
Mais tarde, quando os sacerdotes judeus se tinham irritado e frustrado, lançando fora o homem, Jesus voltou a falar com ele, e indagou: “Crês tu no Filho de Deus?” O homem respondeu: “Quem é ele, Senhor, para que eu possa crer nele?” Jesus disse então: “‘Tu já o tens visto, é este que fala contigo’. E ele disse: ‘Senhor, eu creio’. E adorou-o.” – vss. 34-38
Há muitas nuanças cognoscíveis e incognoscíveis em resposta à mensagem que pregamos, conforme mostrado nas várias reações ao aprimoramento do cego mediante Jesus.Para a maioria, no entanto, a resolução à mensagem Evangélica, prontamente, fornece indícios de patente falta de confiança. Positivamente, fé é bem precioso no mundo, e, a fim de agradarmos o Deus verdadeiro, devemos confiar plenamente nEle e em Seu Filho, segundo o modelo exemplificativo do homem ‘cego’.
QUANDO TODOS OS OLHOS SE ABRIRÃO
Todas as promessas Bíblicas concernentes ao exercício do poder divino na ressurreição são essenciais.Quando Jesus ressuscitou dos mortos graças a seu Pai, retornou exaltado à destra do Eterno.Outro exercício da autoridade divina que representa fator importante no Plano constituirá revivificação e exaltação, no tempo apropriado, dos andarilhos sob as pisadas de Jesus.Essa boa fase é mencionada na Bíblia como “primeira ressurreição”, que, acreditamos, começará no início da Segunda Presença de nosso Senhor. (Apo. 20:6) Após concluída a primeira ressurreição, fiéis selecionados, tendo sido despertados para condicionamento superior, administrarão, desde uma nova posição celestial, com Cristo, as bênçãos necessárias, inclusive orientação e ensino na restauração da humanidade sobre o planeta Terra, surgirá ordem de seres perfeitos. O trabalho terá prosseguimento com a completa eliminação do sono mortal para “ambos, justos e injustos.” (Atos 24:15) O Reino messiânico de Cristo introduzirá período durante o qual bendito trabalho restaurador é realizado, vêm“tempos da restauração de todas as coisas”lembra o apóstolo Pedro quando nos informa como esse recurso amoroso do plano divino fora outrora predito pelos santos profetas antes da fundação do mundo. – Atos 3:20,21
Somente o Deus Vivente e verdadeiro, bem como seu Filho Unigênito, Jesus, merecem receber devoção e adoração promovida por toda família humana. Nessa altura teleológica será cumprida a profecia do apóstolo João: “Toda criatura que está no céu, e na terra, … e tudo o que neles há, estava dizendo: graças, e honra, e glória, e força, conceda-se àquele que se assenta no trono, e ao Cordeiro para todo o sempre.” (Apo. 5:13) O trono é aqui utilizado como símbolo da soberania do Criador sobre suas criaturas, e o cordeiro é um tipo de Cristo, que humildemente deu-se em sacrifício, para que a humanidade pudesse ser restituída à vida.
Alegramo-nos muito que, no tempo certo, tanto Pai quanto Filho serão universalmente reconhecidos e aclamados. Em seguida, falsos deuses, teorema e ensinamentos serão destruídos. As pessoas, pouco a pouco iluminadas e restauradas à perfeição, se alegrarão adorando e servindo o Deus verdadeiro, por obedientemente fazerem isso de coração – viverão eternamente em paz e felicidade sobre uma Terra redefinida e impecável.
O “prazer” do SENHOR mencionado no Salmo 103:21 é o grande desejo de Deus prover resgate e valorização da raça humana caída em pecado e morte. O Grande Médico, Jesus, tornou isso realidade possível graças ao sacrifício na cruz do Calvário. Ele se tornou “propiciação pela fé no seu sangue”, ou seja, uma panacéia para nossos pecados, e “não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.” (Rom. 3:25; 1 João 2:2) O Apóstolo Paulo também registrou: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador; Quem quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem; Quem deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” – 1 Tim. 2:3-6
A salvação de toda a humanidade foi retratada por Moisés, quando ele tirou os filhos de Israel da escravidão do Egito atravessando o Mar Vermelho, e, eventualmente, aparece durante a liderança de Josué, rumo à Terra Prometida, Canaã. Quando o mundo da humanidade atingir a Terra Prometida do Ungido – Governo libertador da escravidão do pecado e da morte, – os olhos hermenêuticos figurativos serão abertos, assim como os olhos literais dos cegos. Conhecerão e admirarão o amar divinal por meio de Cristo, a grande maioria aceitará, com boa vontade e genuína alegria, aproveitar a oportunidade oferecida – vida eterna, perfeita.
RECOMPENSA CELESTIAL
Oportunidade ainda mais gratificante foi oferecida àqueles que acreditam durante a atual Idade Evangélica. Se fiéis, estes serão exaltados à altura celestial para estarem com Jesus e compartilharem a regência do Reino. (Ap. 2:10; 3: 21) Foi a tais súditos que Jesus disse: “Não temais, pequeno rebanho; pois é do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino”, e a quem prometeu: “Vou preparar-vos lugar. E se eu for … Eu virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo; para que onde eu estou, estejais vós também.” – Lucas 12:32; João 14:2,3
Quão misericordioso é nosso Deus! Ele fez provisões para nós, antigamente caídos filhos de Adão, poderemos doravante ingressar em Sua casa e seremos chamados filhos de Deus.No Império, se permanecermos leais, teremos o privilégio de compor a Classe do Grande Médico – equipe cirúrgica sob inspeção do nosso Senhor Jesus capacitada para abrir os olhos de todos os cegos e auxiliar os humanidade a permanecerem em pé esperando a santificação.(Isa. 35:5-8) Que o Reinado chegue rápido, é nossa súplica permanente, e que o gigantesco labor de purificação no mundo humano erradique todas as enfermidades, tanto físicas quanto espirituais.
Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora
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