Cânticos da Noite de 18 de abril

“E tomando o cálice, deu graças e deu-lho, dizendo: Bebei todos dele.” — Mateus 26:27  

NOSSO SENHOR diz claramente que o cálice, o fruto da videira, representa o sangue, portanto a vida — não a vida retida, mas a vida derramada ou entregue, vida sacrificada. Ele nos diz que foi para a remissão dos pecados e que todos os que desejam ser seus devem bebê-lo — devem aceitar seu sacrifício e apropriá-lo pela fé. Todos os que desejam ser justificados pela fé precisam receber a vida dessa única fonte. Não adianta afirmar que a fé e a obediência a qualquer grande mestre significam a mesma coisa e trarão a vida eterna. Não há outro caminho para alcançar a vida eterna, exceto aceitando o sangue uma vez derramado como preço de resgate pelos pecados do mundo inteiro. Não há outro nome dado debaixo do céu ou entre os homens pelo qual devamos ser salvos. Da mesma forma, não há outra maneira de alcançarmos a nova natureza senão aceitando o convite do Senhor para beber do seu cálice, sermos quebrados com ele como membros do mesmo pão, e sermos sepultados com ele no batismo em sua morte — para assim participarmos de sua ressurreição para glória, honra e imortalidade.  

Quando celebramos este grandioso Memorial, não esqueçamos de agradecer ao Senhor por nossa justificação, e também pelo grande privilégio que temos de ser co-sacrificadores com nosso Redentor, completando em nossa carne o que falta das aflições de Cristo. E, ainda que estejamos tristes e reflexivos, meditativos e em profundo exame de coração nesta ocasião, assim como o Senhor fez, triunfemos pela fé e saiamos cantando louvores àquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz, e que nos concedeu o privilégio de ter comunhão nesta grande obra que agora se realiza. Z 1901-76; R2773:5 (Hino 122)