1 de outubro
“Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a boca com um freio, enquanto o ímpio estiver diante de mim.” — Salmo 39:1
É PROVÁVEL que toda pessoa experiente esteja totalmente de acordo com a afirmação de que a língua pode exercer uma fortíssima influência, muito maior da que qualquer outro membro do corpo, para o bem ou o mal. A experiência nos ensina também que, para a vasta maioria, é mais fácil controlar qualquer outro órgão do que a língua. Ela é um servo tão hábil que todo tipo de ambição, paixão e inclinação da natureza caída busca usá-la como um servo ou canal para o mal. Portanto, da parte do cristão, torna-se necessária maior vigilância, sabedoria e cuidado para governar esse membro de seu corpo e trazê-lo em sujeição à nova mente em Cristo, para que não se torne um obstáculo para si mesmo ou para outros, mas, pelo contrário, uma ajuda no caminho estreito. Z. 1897-156, R2156:3
2 de outubro
“Esquecendo-me das coisas que atrás ficam.” — Filipenses 3:13
DEVEMOS NOS esquecer das coisas que atrás ficam, porque é a coisa certa a fazer. Também porque Deus as esquece, e declara que lançou todas as nossas imperfeições para trás das costas; que todas estão escondidas de Sua vista, pelo mérito daquele que nos amou e morreu por nós, a quem amamos e confiamos, e cujos passos estamos procurando seguir, com mais ou menos imperfeição de acordo com os defeitos que herdamos na carne. Não estamos sugerindo que deslizes ou falhas devam ser desprezados ou rapidamente esquecidos; eles devem ser corrigidos na medida de nossa capacidade, e devemos buscar diariamente o perdão divino para tais defeitos. Z. 1904-23, R3306:2
3 de outubro
“Muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.” — Salmos 119:165
DEVEMOS PEDIR cada vez mais por graça, sabedoria, frutos do Espírito e oportunidades para servir ao Senhor e aos irmãos, bem como para sermos cada vez mais semelhantes ao Filho amado de Deus. … Sob essas condições, quem é que pode duvidar que a prometida “paz de Deus, que excede todo o entendimento” “guardará” tais “corações” e seus “pensamentos”? Essa paz, por si mesma, seria capaz de dissipar um dos grandes males que afligem o coração de muitos. O egoísmo e a ambição encontrariam pouco espaço em um coração tão cheio. A paz divina pode habitar em nosso coração, e reinar nele, de modo a barrar a preocupação e a agitação do mundo, ainda que estejamos rodeados por essas condições desfavoráveis — ou mesmo quando o próprio adversário nos assedia por meio de seus agentes enganados. Z. 1904-24, R3306:3
4 de outubro
“E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” — Mateus 4:19
TODOS OS assuntos da vida podem nos ensinar lições proveitosas no futuro, se assim permitirmos. Talvez houvesse algo particularmente útil na atividade da pesca — algo peculiar como a grande obra em que os apóstolos se envolveriam pelo resto de suas vidas. Nosso Senhor dá a entender isso em Sua chamada. Pescar requer energia, tato, isca adequada e que o pescador se mantenha fora de vista. E essas quatro coisas são requisitos na pesca espiritual na qual o Senhor nos deu o privilégio de participar. Devemos nos lembrar de que, assim como os peixes se assustam facilmente quando percebem que algo os quer capturar, as pessoas também têm medo de ficarem presas a qualquer coisa — especialmente se houver a menor suspeita de que poderão perder suas liberdades. É assim que o mundo encara a consagração. Z. 1904-26, 27; R3308:3
5 de outubro
“Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.” — Hebreus 12:3
AH! COMO é triste constatar que muitos dos verdadeiros filhos de Deus tornaram-se cansados e fracos em suas mentes, e estão em perigo de perder o principal prêmio, pois falharam em refletir, estudar, compreender, considerar o Senhor e a oposição que Ele fielmente suportou. Tais pessoas, ao considerarem a perfeição do Senhor e o modo que a luz, representada por Ele, brilhou nas trevas e não foi apreciada, concluem que a luz que elas deixam brilhar também não será apreciada. Ao considerarem como o Senhor sofreu em todos os sentidos e injustamente por causa da justiça, e, em seguida, refletirem no fato de que sua própria conduta, apesar de bem-intencionada, é imperfeita, deveriam se sentir fortalecidos para suportar as dificuldades como bons soldados, em vez de se cansarem de fazer o bem, ou desfalecerem sob oposição. Z. 1904-38, R3313:5
6 de outubro
“Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” — Lucas 9:55, 56
ASSIM DEVE ser com todos os discípulos do Senhor: seu estudo contínuo deve ser o de evitar uma disposição excessivamente crítica para condenar e destruir outras pessoas enquanto desejam misericórdia para si mesmos. O Senhor estabeleceu a regra de que devemos esperar receber misericórdia Dele na mesma proporção em que estendemos essa graça a outros. A disposição para encontrar falhas e para acusar e condenar todo mundo indica uma condição errada de coração — e todo o povo do Senhor deve estar alerta contra isso. A misericórdia, a bondade, e o amor são os elementos de caráter que Ele deseja ver nos israelitas espirituais, sem os quais não podemos continuar por muito tempo sendo Seus filhos. Z. 1904-43, R3316:4, 6
7 de outubro
“E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.” — Mateus 7:26
AS ESPERANÇAS que erguemos nas promessas do Senhor, quando desacompanhadas de obras, são esperanças construídas sobre a areia. É só uma questão de tempo até que chegue a grande época de provas, e ficará claro que tais esperanças eram piores do que inúteis. Ficará evidente que enganaram seu possuidor, que estava seguro de obter uma parte no Reino. Por outro lado, aqueles que constroem com obediência, cujo coração, bem como a língua, confessam e honram ao Senhor, cujas ações corroboram a fé e os frutos são um testemunho da relação vital com o Senhor — esses passarão por todas as tempestades da vida e jamais serão removidos, nem abalados, porque construíram na fundação. Z. 1904-46, R3318:5
8 de outubro
“Não erreis: … Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” — Gálatas 6:7, 8
SEMEAMOS NA carne toda vez que permitimos que os desejos carnais, egoístas, injustos e ímpios da carne controlem nosso coração e vida, e cada semeadura torna mais fácil a semeadura seguinte, que por sua vez acaba selando o fim desse caminho, que é a morte — a Segunda Morte. Por outro lado, cada vez que semeamos no Espírito, cada vez que resistimos aos desejos egoístas da carne, etc., e cada vez que exercemos a mente renovada, a vontade renovada, nos assuntos espirituais em conexão com as coisas que são puras, nobres, boas e verdadeiras, então é uma semeadura no Espírito, que produzirá frutos adicionais do Espírito, graças do Espírito, e que, ao perseverarmos, por fim nos fará usufruir das graciosas promessas e arranjos do Senhor — a vida eterna e o Reino. Z. 1904-57, R3323:5
9 de outubro
“Por que temeis, homens de pouca fé?” — Mateus 8:26
CADA EXPERIÊNCIA deve ser útil para nós. Se inicialmente tivemos medo e clamamos em alta voz, pouco a pouco recebemos o socorro, talvez com a reprimenda “ó, homens de pouca fé”; mas com o passar das lições que recebemos, o Mestre esperará de nós — assim como também devemos esperar — mais fé, mais confiança, mais paz, mais alegria no Senhor, mais confiança na Sua presença conosco e Seu cuidado por nós, e em Seu poder para livrar-nos do adversário e de toda coisa má, e, por fim, nos conduzir em segurança ao porto que buscamos — o Reino celestial. Z. 1904-60, R3325:1
10 de outubro
“Já vos despistes do velho homem com os seus feitos, e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” — Colossenses 3:9, 10
SOMENTE EM nossas mentes, em nossas vontades, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo. Na verdade, essa mudança será realizada de fato quando isto que é mortal se revestir da imortalidade, quando isto que é corruptível for levantado em incorruptibilidade — levantado em glória, em poder, quais seres espirituais. Mas enquanto isso, a fim de sermos considerados dignos de participar da Primeira Ressurreição, exige-se de nós que demonstremos a disposição mental, o desejo sincero de ser o que quer que o Senhor queira que sejamos; e não existe maneira melhor de demonstrar ao Senhor e a nós mesmos, ou um modo mais útil, do que manter uma vigilância rigorosa de nosso coração e nossos pensamentos. Z. 1904-25, R3307:4
11 de outubro
“Retirai-vos, retirai-vos, saí daí, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela; purificai-vos, os que levais os vasos de Jeová.” — Isaías 52:11
O MÉTODO divino parece ser o de fazer uma separação clara entre os servos de Deus e os servos do mal. O privilégio de testemunhar sobre Deus ou de ser embaixadores da Verdade é um favor reservado para o próprio povo do Senhor. Deus não busca o maligno, os demônios caídos ou homens e mulheres perversos para serem arautos das boas novas. O povo do Senhor deve observar essa questão com cuidado, e se indignar com os serviços de quem quer que não dê evidência de estar unido de coração com o Senhor. “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti.” — Salmos 50:16, 17 Z. 1904-28, R3309:4
12 de outubro
“Olhai para os lírios do campo, como eles crescem.” — Mateus 6:28
NOSSO SENHOR chama a atenção para como as coisas simples da natureza devem ser estudadas, observadas com atenção. As lições que aprendemos de todos os assuntos da vida nos são úteis quando abordamos esse estudo do ponto de vista correto, ou seja, tendo fé no Criador e compreendendo que Ele é, necessariamente, a personificação e o representante das mais altas e nobres qualidades que a mente humana poderia conceber; — que Ele é perfeito em Justiça, perfeito em Sabedoria, perfeito em Poder, perfeito em Amor. … O coração que observa as coisas desse modo progride, cresce na graça, no conhecimento e no amor. O coração que deixa de observar as coisas pequenas não é capaz de apreciar as coisas maiores, e, portanto, fica impedido de realizar uma consideração apropriada de Deus, uma consideração apropriada de Seu plano, e, consequentemente, uma apreciação apropriada de Seu caráter. Z. 1904-37, 38, R3313:2
13 de outubro
“Eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” — Tiago 2:18
AO PASSO que o povo do Senhor da época atual não será julgado pelas obras, mas pela fé, as obras, entretanto, serão necessárias. Por nossas obras demonstramos a fé que temos, e, graças a Deus, as obras imperfeitas podem demonstrar-Lhe a lealdade de nossas intenções, a nossa vontade. … Se nossas obras demonstrarem ao Senhor a sinceridade da nossa fé, essa fé será aceitável a Ele e seremos contados perfeitos, bem como nos serão concedidas uma participação no Reino, e todas as grandes e preciosas coisas que o Senhor tem em reserva para os que o amam — não apenas em palavras, mas também em obras — para os que se esforçam para demonstrar, por meio das obras da vida, o amor que sentem. Z. 1904-45, R3318:1
14 de outubro
“Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício.” — Provérbios 21:3
DEVEMOS CRESCER no amor, e o amor é a coisa principal; mas antes que possamos nos desenvolver bem no cultivo do amor, devemos aprender a ser justos, corretos e íntegros. Certo provérbio apresenta o assunto de modo apropriado, ao dizer que um homem deve ser justo antes de ser generoso. Cabe ao povo do Senhor, e portanto à Nova Criação, estudar continuamente o assunto da justiça e colocar todos os dias em prática as lições manifestadas na Palavra Divina. Os que obtêm tal base adequada de caráter antes de começarem a edificar o amor perceberão que estão progredindo corretamente. Todo o amor fundamentado na injustiça ou em ideias erradas sobre a justiça é uma ilusão, não é o tipo de amor que o Senhor exigirá qual teste de discipulado. Z. 1904-56, 57; R3323:1
15 de outubro
“Tende fé em Deus.” — Marcos 11:22
NOSSAS EXPERIÊNCIAS diárias, desde que nos tornamos seguidores do Senhor, têm sido guiadas e protegidas, aparentemente, por poderes invisíveis, com o propósito de fazer com que nós, alunos na escola de Cristo, sejamos ensinados sobre Ele e desenvolvamos cada vez mais as graças do Espírito e, particularmente, mais fé. Atualmente é improvável que consigamos apreciar plenamente a importância da questão da fé. Mas parece ser o detalhe especial que o Senhor procura nos que agora são chamados para ser discípulos. … Assim, de acordo com nossa fé, somos capazes de nos alegrar mesmo em tribulação. Não é possível gostar de sofrimentos; mas podemos apreciar o pensamento que a fé lhes atribui, ou seja, que esses são apenas leves aflições produzindo para nós um peso muito mais superior e eterno de glória.1 Z. 1904-59; R3324:5
16 de outubro
“Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.” — Salmos 107:29
HOJE REPRESENTAMOS a causa do Senhor no meio dos elementos em fúria das paixões humanas, oposições, etc., e, em certos momentos nosso coração poderia ficar desanimado se não fôssemos capazes de ver, por meio da fé, que o Senhor está conosco no barco, e compreender a ideia de que, no tempo apropriado, Ele usará Seu grande poder para dizer “paz” ao mundo. … Não devemos nos surpreender, portanto, se dias sombrios estão adiante — se chegar o tempo em que os ventos tempestuosos serão tão furiosos que muitos gritarão de medo com tremor. Que possamos aprender bem as experiências preciosas do tempo presente, para que, naquela ocasião, nossa fé não falhe — para que nessa hora mais escura sejamos capazes de cantar e nos alegrar com Aquele que nos amou e comprou com seu próprio sangue precioso, e possamos cantar o cântico de Moisés e do Cordeiro. Z. 1904-60; R3325:4
17 de outubro
“Ele te cobrirá com as Suas penas, e debaixo das Suas asas te confiarás.” — Salmos 91:4
JEOVÁ AJUNTA Seus filhos leais e fiéis tão perto de Seu coração que eles sentem o calor do Seu amor, e as palavras que em resposta emanam do coração deles são: “Habitarei no Teu tabernáculo” — sob Tua proteção — “para sempre”; “abrigar-me-ei no esconderijo das Tuas asas; pois Tens sido um refúgio para mim, e uma torre forte contra o inimigo; deste-me a herança dos que temem o Teu nome.” — Salmo 61:4, 3, 5. Z. 1904-75; R3331:6
“Cantarei a Tua força; pela manhã louvarei com alegria a Tua misericórdia; porquanto Tu foste o meu alto refúgio, e proteção no dia da minha angústia.” — Salmo 59:16
18 de outubro
“O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador.” — Provérbios 18:9
NÃO PODEMOS ver o desperdício da parte de qualquer pessoa consagrada ao Senhor sem deixarmos de sentir que, por maior que tenha sido o progresso que ela fez na compreensão de alguns aspectos da mente do Senhor, nesse ponto ainda deixa a desejar. Se valorizamos a dádiva e respeitamos o Doador, precisamos cuidar com esmero e quais mordomos de tudo o que vem de nosso Pai Celestial, as coisas temporais e as coisas espirituais. De acordo com as parábolas de nosso Senhor, em grande parte Ele mede nosso amor e zelo pelo uso, ou abuso, que fazemos dos talentos, oportunidades, e bênçãos, temporais ou espirituais, agora derramadas sobre nós. Z. 1904-77; R3333:3
19 de outubro
“De graça recebestes, de graça dai.” — Mateus 10:8
ESTEJAMOS ALERTAS para dar a todos os famintos e sedentos o abençoado alimento que tão grandemente nos tem revigorado e fortalecido. Caso contrário, eles desfalecerão pelo caminho, à medida que vão à procura de outras provisões. Temos precisamente o que toda a família da fé necessita; sem o qual não poderíamos manter nossa posição, não conseguiríamos prosseguir e certamente ficaríamos desanimados. O que quer que tenhamos recebido de outros, ou qualquer conhecimento que tenhamos da Verdade, não deve ser egoisticamente retido nem egoisticamente consumido por nós mesmos. Deve ser consagrado ao Senhor, e em resultado dessa consagração o Senhor derramará bênçãos em outros, e maiores bênçãos sobre nossa própria cabeça e coração. Z. 1904-78; R3333:6-3334:1
20 de outubro
“Sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.” — Mateus 10:16
AH, COMO seria bom se todas as pessoas queridas do Senhor pudessem aprender o valor da sabedoria em conexão com seus esforços para servir à Verdade! Nosso Senhor não só nos ensinou a sermos prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas; Ele também exemplificou essa lição em Seu próprio proceder, dizendo em certa ocasião aos apóstolos: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.”2 Nós, igualmente, devemos aprender que existem momentos oportunos e inoportunos para mencionar algumas verdades, e que existem métodos tanto sábios como insensatos de apresentá-las. Não basta não falarmos inverdades; não basta falarmos a verdade; devemos também nos certificar de que falamos a verdade com amor, e o amor, quando treinado, usa a sabedoria para realizar um bem maior. Z. 1904-91; R3339:5
21 de outubro
“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome.” — Lucas 11:2
ISSO EXPRESSA a adoração, o apreço pela bondade e a grandeza de Deus de um modo correspondentemente reverente. Ao fazermos petições ao Senhor, nosso primeiro pensamento não deveria ser egoísta e sobre nós mesmos, nem a respeito dos interesses de outras pessoas preciosas para nós, mas Deus deve ter a primazia em todos os nossos pensamentos, objetivos e planejamentos. Não devemos orar por nada que não esteja de acordo com a honra do nome de nosso Pai celestial; não devemos desejar nada para nós mesmos, ou para nossos entes queridos, que Ele não aprovaria totalmente e nos comissionaria a orar. Possivelmente, nenhuma outra qualidade de coração corre maior risco de ser apagada dos cristãos professos, a saber, a reverência por Deus. Z. 1904-118, R3352:2
22 de outubro
“Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber?” — Mateus 20:22
A CORAGEM de nosso Senhor no caminho estreito nos enche de admiração. Que caráter determinado era o Dele! Não tinha a menor intenção de desistir; estava determinado a cumprir a vontade do Pai — sacrificando a Si mesmo em prol dos interesses dos outros. Um padrão nobre que os apóstolos viram diante de si — grandeza na humildade, a vitória por meio do serviço.
É bom que tenhamos bem em mente que, a menos que bebamos de Seu cálice e sejamos imersos em Sua morte, não podemos ter nenhuma participação em Seu Reino de glória. Consideremos, então, todas as outras coisas como perda e escória para obtermos essa experiência necessária. E quando ela vier sobre nós, não teremos medo, nem estranharemos as provas de fogo que devem nos tentar, como se coisa estranha nos acontecesse. Pelo contrário, para isso fomos chamados, para que possamos agora sofrer com o Senhor e depois, um por um, sermos glorificados com Ele. Z. 1904-138, 139; R3362:2, 5
23 de outubro
“Qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.” — Mateus 20:27
ENTRE OS gentios, os governantes são senhores; não servem a ninguém, embora sejam servidos. Mas entre os seguidores de Jesus a regra é oposta: quanto mais se serve, mais altamente estimada a pessoa é. Como é bela a ordem divina das coisas! Como todos os de perfeito juízo podem estar de pleno acordo com os princípios aqui enunciados! Como são razoáveis e como são contrários ao espírito do mundo. Na verdade, os seguidores do Senhor, nesse sentido, serão um povo peculiar em seu zelo pelas boas obras — por servir uns aos outros e por fazer o bem a todos os homens, conforme a oportunidade. Z. 1904-140; R3363:1
24 de outubro
“E quando o iam levando, tomaram um certo Simão, … e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.” — Lucas 23:26
MUITAS VEZES nos perguntamos onde estavam Pedro, João e Tiago, que não viram o fardo do Mestre e correram para oferecer-Lhe assistência? Se você estiver inclinado a invejar Simão pelo privilégio de ajudar o Mestre a levar a cruz, pense que muitos dos irmãos do Senhor estão diariamente levando cruzes simbólicas, e que temos o privilégio de ajudá-los, e que o Senhor considera qualquer serviço feito a seus fiéis seguidores como se fosse prestado à Sua própria pessoa. … A cruz de madeira não foi a carga mais pesada do Senhor; do mesmo modo, seus seguidores levam cruzes que o mundo não vê, mas que a “irmandade” deveria compreender. “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.”3 Z. 1904-155; R3369:6
25 de outubro
“Esforçai-vos, pois, e fazei-o; e Jeová será com os bons.” — 2 Crônicas 19:11
QUEM TEM um trabalho a fazer, deve desempenhá-lo sem medo, ao mesmo tempo procurando realizar quaisquer tarefas desagradáveis de uma forma gentil, com justiça e amor, temendo, não ao homem, mas ao Senhor e com a intenção de agradá-Lo.
Deixe o mundo travar sua luta: o Senhor, conduzirá os assuntos para que os resultados sejam gloriosos. Nós, que pertencemos à nova nação, ao novo Reino que não é deste mundo, não usamos armas carnais, mas sim a espada do Espírito. Devemos travar o bom combate da fé, tomar posse das gloriosas coisas adiante, e ficarmos de pé, bem como ajudarmos a todos os que são gerados pelo mesmo Espírito e que são membros do mesmo corpo do exército celestial a ficarem de pé, completos Naquele que é a Cabeça do corpo, o Capitão de nossa Salvação. Z. 1904-207, 205; R3393:5
26 de outubro
“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” — 1 Pedro 5:7
ESSA É uma sugestão muito consoladora e encorajadora da Palavra. No entanto, o povo do Senhor precisa aprender cada vez mais distintamente, com o passar de seus anos de filiação na família e sob a tutela de Deus na escola de Cristo, que não devem pedir ao Senhor para guiar seus esforços de acordo com a sabedoria deles; que não devem pedir que suas vontades sejam feitas tanto na Terra como no céu, mas sim, ao exporem ao Senhor seus fardos, grandes e pequenos, precisam perceber e se apropriar da empatia e do amor Dele, e aplicar no próprio coração, como um bálsamo, as consoladoras garantias de Sua Palavra, que Ele é capaz e está disposto a tornar todas as nossas experiências proveitosas se permanecermos Nele com confiança e segurança. Z. 1904-237; R3409:1
27 de outubro
“Os meus tempos estão nas tuas mãos.” — Salmo 31:15
TODOS OS servos consagrados do Senhor dedicaram suas vidas em sacrifício quando se tornaram seguidores do Cordeiro e, se realizarem sua consagração continuamente, estarão prontos para a consumação a qualquer momento, de acordo com a vontade do Senhor e por qualquer meio ou canal Suas providências permitirem. Os consagrados do Senhor da classe de Elias devem se lembrar que nenhum fio de cabelo de sua cabeça poderia cair sem o conhecimento e a permissão de nosso Pai, e a atitude do coração deles deve ser a expressa por nosso querido Redentor — o Cabeça do corpo de Elias: “Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?”4
A linguagem de seu coração deve ser aquela expressa pelo poeta:
“Contente com qualquer quinhão que eu ganhar,
Desde que seja meu Deus a me guiar.”5 Z. 1904-237; R3408:5
28 de outubro
“O Espírito de Jeová está sobre Mim; porque ele Me ungiu, … para consolar todos os que pranteiam, … para dar a eles a beleza em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto.” — Isaías 61:1, 2
NOSSA COMISSÃO é buscar os mansos e os que pranteiam, que se apercebem de suas próprias falhas e fraquezas, e que estão à procura de refúgio e libertação. É parte de nossa comissão encaminhá-los ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, encaminhá-los à beleza da ressurreição a partir das cinzas da morte, e às glórias prometidas pelo Senhor que, pouco a pouco, substituirão o espírito de desânimo e decepção, as tristezas e dificuldades da época atual. Temos a comissão de dizer a tais que “a alegria vem pela manhã”, e de ajudá-los a se levantar e prontamente colocar as vestes de louvor, para começarem a andar em novidade de vida, com um “cântico novo em suas bocas — a própria bondade amorosa de nosso Deus.” Z. 1904-295; R3436:1
29 de outubro
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos.” — 2 Coríntios 4:8-10
AQUELES QUE, pela causa do Senhor e da Verdade, suportam com alegria a maior vergonha, a maior ignomínia, as maiores provações, as maiores perseguições na vida presente, e, assim, têm experiências mais semelhantes às de nosso Mestre e Padrão, podem estar certos de que na mesma proporção de sua fidelidade demonstrada em tais sacrifícios, receberão no futuro uma grande recompensa; assim como o Apóstolo declarou: “Estrela difere de estrela em glória.” Z. 1901-55; R2762:4
30 de outubro
“Ninguém pode servir a dois senhores.” — Mateus 6:24
“NÃO PODEIS servir a Deus e a Mamom (riquezas).” A experiência e a observação corroboram isso; e, portanto, como regra, descobrimos que as pessoas são frias ou quentes nas coisas espirituais. … Precisamos “buscar primeiro [principalmente] o Reino de Deus”. Essa deve ser nossa principal preocupação a qual devemos dedicar, o tempo todo, nossa atenção, pensamento, energia, influência e os meios que tivermos — excetuando-se, conforme se entende, as coisas necessárias para a vida presente; e assim nosso amor e zelo serão manifestados na proporção em que estivermos dispostos a sacrificar até mesmo essas coisas pela causa dos assuntos celestiais. Z. 1901-61; R2765:5
31 de outubro
“Porque a Tua benignidade (favor) é melhor do que a vida, os meus lábios Te louvarão.” — Salmo 63:3
AQUELES QUE provaram da graça do Senhor, e consideraram que Seu favor é melhor do que a vida, e colocaram alegremente sobre Seu altar todas as boas coisas, esperanças e aspirações terrenas, alegram-se em anunciar as boas novas aos outros; alegram-se em anunciar os louvores Daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz. A mensagem é boa demais para ser retida; eles não só não necessitam serem pagos para anunciá-la, como estão dispostos a fazer isso. E desfrutar do favor de Deus em conexão com essa proclamação deve custar-lhes algo — custar-lhes problemas, custar-lhes dinheiro, custar-lhes a perda da amizade terrena, custar-lhes o desgaste, ou mesmo o rompimento, de alguns laços familiares, custar-lhes o olhar de desaprovação do mundo e da cristandade. Z. 1901-246; R2852:4
1 2 Coríntios 4:17
2 João 16:12
3 Gálatas 6:2
4 João 18:11
5 Hino “He Leadeth Me”, de Joseph H. Gilmore, 1862.