1 de fevereiro
“E os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” — Isaías 30:21
SE CHEGARMOS a uma bifurcação na estrada — para alguma crise em nossa experiência — e não soubermos se devemos ir para a direita ou para a esquerda, precisamos imediatamente parar e ouvir a voz Dele. Ou, em outras palavras, devemos buscar imediatamente a Palavra do Senhor, e, por meditar em seus preceitos e princípios, em suas ilustrações sobre os assuntos difíceis, devemos procurar saber qual é a vontade do Senhor, bem como pedir a orientação de Seu Espírito, e nos esforçar para conduzir a mente a uma atitude amorosa, submissa e confiante. Z. 1895-6; R1753:2
2 de fevereiro
“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis.” — Romanos 8:13
O QUE é viver segundo a carne? Respondemos: É viver segundo a, em conformidade com, e para a gratificação das inclinações e dos desejos da natureza humana caída. É a coisa mais fácil do mundo fazer isso. Tudo o que temos de fazer é simplesmente nos entregar à nossa natureza antiga e deixar de lutar contra ela. Assim que fazemos isso, começamos a flutuar correnteza abaixo, e depois que vemos que ela está cada vez mais rápida, lutar contra ela vai ficando cada vez mais difícil. Z. 1895-8; R1748:3
3 de fevereiro
“Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo.” — Provérbios 4:20, 22
POUCOS RECONHECEM a influência da mente sobre o corpo. Deus nos criou de tal modo que pensamentos puros, nobres e santos em geral tenham, não apenas um efeito elevador e enobrecedor sobre a constituição mental e moral, mas uma influência revigorante sobre o sistema físico. E, por outro lado, todo pensamento imundo, ignóbil, impuro, profano (assim como os atos) têm um efeito direto não apenas na depreciação da mente e da moral, mas na germinação das sementes de doenças já na constituição da raça caída. Z. 1896-180; R2014:6
4 de fevereiro
“Então ouvi outra voz dos céus que dizia: “Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!” — Apocalipse 18:4, NVI
QUEM FOR digno do nome “Povo meu”, ouvirá a voz do Senhor a obedecerá, saindo de Babilônia para “não receberem suas pragas”; pois, a obediência deles em fugirem assim que veem a verdadeira condição de Babilônia, prova que nunca concordaram realmente com os pecados dela. Aqueles que permanecem depois de verem Babilônia e suas doutrinas blasfemas à luz que agora está brilhando são contados como endossando as blasfêmias e merecendo as “pragas” completamente — tanto ou mais do que a classe babilônica do “joio”, visto que têm uma luz maior. Z. 1900-3; R2553:3
5 de fevereiro
“A vontade de Deus é esta: a vossa santificação.” — 1 Tessalonicenses 4:3
AO PESQUISARMOS as Escrituras para determinar a vontade de Deus, descobrimos que a grande obra que Deus pede de nós não é feita para os outros, mas em nós mesmos, subjugando, conquistando e governando o ego. Portanto, tudo o mais — servir à família da fé, fazer o bem a todos os homens (tanto localmente quanto em missões estrangeiras), etc. — está submetido a essa obra interna mais importante. Pois como o Apóstolo por inspiração declara, embora possamos pregar o evangelho de forma eloquente aos outros e possamos dar todos os nossos bens para o sustento dos pobres, ou nos tornar mártires por uma boa causa, sem amor, o Espírito de Cristo e do Pai , desenvolvido em nós como o princípio governante da vida, não seríamos nada, do ponto de vista divino. Z. 1899-4; R2412:1
6 de fevereiro
“Porque nem do oriente, nem do ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz: a um abate, e a outro exalta.” — Salmo 75:6, 7
PODEMOS TER desejos e aspirações de utilidade que nunca serão gratificados. O Senhor pode ver que não podemos suportar a exaltação e a honra que buscamos. Ele sabe o que é para o nosso bem maior, e, assim, Ele nos faz descansar contentes em Sua providência, não ociosos, mas diligentes; não descuidados, mas vigilantes; não indiferentes, mas cheios de um intenso e sincero desejo de fazer a vontade de Deus; ao mesmo tempo, pacientes com a restrição, e contentes em sermos negligenciados e esquecidos, lembrando-nos de que “aqueles que estão apenas aguardando parados também servem”1, e que o Senhor na hora certa pode nos conduzir pelo caminho para cumprir Seus propósitos de graça. Z. 1895-11; R1756:5
7 de fevereiro
“O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” — Romanos 13:10
QUEM NÃO tem o coração em harmonia com essa lei do Novo Pacto, o amor — misericórdia, bondade, gentileza, benignidade — carece da evidência ou prova de que ele foi, em qualquer sentido da palavra, aceito como um filho de Deus, e coerdeiro de Cristo. Se não temos amor em nosso coração pelos irmãos e amor, gentileza e benevolência para com todos os homens, e mesmo pela criação animal, não temos o espírito que nos levará a fazer os sacrifícios necessários sob as condições presentes. Para tais, será apenas uma questão de tempo até que o poder do orgulho ou da vaidade, que cria obstáculos no caminho do sacrifício, suba totalmente à cabeça, e o egoísmo assuma o controle total. Z. 1898-201; R2330:2
8 de fevereiro
“Homem de pouca fé, por que duvidaste?”
— Mateus 14:31
O QUE precisamos fazer para superar essa falta de fé e para aumentar a fé? Nós respondemos que, assim como os apóstolos do passado faziam, devemos orar: “Senhor, aumenta a nossa fé!” E então, agindo em harmonia com essa oração, cada um deve cultivar a fé em seu próprio coração: (a) Por sempre reavivar a memória com as promessas divinas, conhecendo bem onde a Palavra do Pai as menciona, (b) Por procurar cada vez mais nos lembrar de que, visto que fizemos um pacto com o Senhor, tais promessas são nossas, e no coração e com os lábios devemos reivindicá-las como nossas perante o Senhor em oração e com ações de graças. Devemos reivindicá-las em nossos próprios pensamentos, e em nossas conversas sobre coisas sagradas com os irmãos. Z. 1900-170; R2330:2
9 de fevereiro
“Volta, minha alma, ao teu repouso, porque Jeová tem sido liberal para contigo.” — Salmos 116:7
O HÁBITO de pensamento do cristão tem muito a ver com seu progresso ou retrocesso espiritual, como também é um indicador de seu estado espiritual; e os bons hábitos de pensamento precisam ser cuidadosamente cultivados. Por “hábito de pensamento” queremos dizer aquela condição normal à qual a mente retorna habitualmente nos momentos de descanso mental. Enquanto estamos envolvidos em nossa ocupação diária, devemos, necessariamente, redobrar nossas energias mentais para o trabalho realizado, pois se fizermos algo de forma meramente mecânica, sem nos concentrar na atividade em questão, não a realizaremos bem. Ainda assim, os princípios cristãos, bem estabelecidos em nosso caráter, nos guiarão inconscientemente. Mas quando a tensão do trabalho e dos cuidados é removida por um tempo, o hábito estabelecido do pensamento, como a agulha de uma bússola que aponta para o Norte, deve retornar rapidamente ao seu repouso em Deus. Z. 1895-250; R1885:5
10 de fevereiro
“Seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.”
— 1 Timóteo 4:12, NVI
CADA CRISTÃO deve se esforçar para ser um padrão digno de imitação — um padrão de esforço sincero e fiel para copiar a Cristo em sua vida diária e de zelo ativo em Seu serviço. Na presente vida, não podemos esperar alcançar o padrão de perfeição máxima, da derradeira glória moral e beleza de santidade. Encontramos tal padrão apenas em Cristo, nosso Senhor. Paulo nunca disse “sigam a mim”, ou mesmo “sigam a nós”. O que ele disse foi: “Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo.” (1 Coríntios 11:1, NVI) O apóstolo Paulo foi um grande exemplo de esforço sincero para atingir a perfeição, mas não a perfeição final que somente encontramos em Cristo. É o zelo de Paulo e seu grande esforço sincero para copiar a Cristo e fazer a Sua vontade que devemos imitar. Z. 1895-251; R1886:1
11 de fevereiro
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” — Mateus 5:11, 12
A OPOSIÇÃO e a perseguição são as inevitáveis consequências da atividade ao serviço a Deus, e devemos enfrentá-las com bom senso e candura; e quando elas falharem em seu propósito, então, com as advertências solenes sobre os perigos de tal proceder, devemos deixar o opositor deliberado seguir seu próprio caminho ao passo que buscamos outros com a mensagem de salvação. A oposição que nosso Senhor sofreu e a forma como ele lidou com isso podem ensinar lições valiosas a todos que enfrentam tribulações similares. Z. 1894-368; R1736:6
12 de fevereiro
“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.” — Tiago 1:4
NEM UM único passo de progresso pode ser dado sem o exercício da graça da paciência; e nenhuma outra graça adorna tanto o caráter cristão, ou ganha a aprovação do conceito do mundo, ou glorifica o Deus de toda a graça, cuja verdade a inspira. É a longanimidade com mansidão lutando com todas as forças para impedir a onda de imperfeições e fraquezas humanas, esforçando-se com cuidado meticuloso para recuperar a semelhança divina; é a lentidão em irar-se e a abundância de misericórdia; é a rapidez em perceber os caminhos da verdade e da justiça, e em procurar caminhar neles; é a consciência de suas próprias imperfeições e a empatia com as imperfeições e deficiências dos outros. Z. 1893-295; R3090:2
13 de fevereiro
“O amor… não suspeita mal.” — 1 Coríntios 13:5
QUEM QUER que negligencie os mandamentos do Senhor no que tange a “suspeitar o mal” tece uma teia para sua própria captura, não importa o quão seriamente ele possa se portar em outros assuntos. Isso porque um coração impregnado de dúvidas e suspeitas de outras pessoas está meio caminho andado para duvidar de Deus: o espírito de irritação e amargura está em guerra com o espírito do Senhor, o espírito de amor. Um ou o outro vencerá tal pessoa. O espírito errado deve ser erradicado, caso contrário, contaminará a nova criatura e fará dele um “náufrago”. Por outro lado, se a nova natureza prevalecer, o seguinte acontecerá com o “vencedor”: por não suspeitar o mal, metade da batalha contra as dificuldades presentes e os ataques serão superadas. Z. 1898-84; R3594:2
14 de fevereiro
“Por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” — Mateus 12:37
TODAS AS nossas palavras são consideradas pelo Senhor como um indicador do que há em nosso coração. Se nossas palavras são rebeldes ou desleais, ou frívolas, petulantes e desamorosas, ingratas, profanas ou impuras, o coração é julgado em conformidade com isso, segundo o princípio de que “da abundância do coração fala a boca”. Por sermos imperfeitos, jamais será possível sermos perfeitos em palavras e ações. Apesar de nossos melhores esforços, às vezes erramos tanto em palavras como em ações, mas, ainda assim, devemos fazer um esforço vigilante e fiel para termos domínio perfeito de nossas palavras e modo de agir. Z. 1896-32; R1938:1
15 de fevereiro
“Se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado.” — 1 João 2:5, NVI
O TESTE é a obediência. Na proporção em que guardamos a Palavra do Senhor, na mesma proporção o amor de Deus é aperfeiçoado em nós; pois, se recebemos a mente de Cristo, o Espírito Santo, o Espírito de Deus, o efeito será fazer com que tanto queiramos quanto façamos Sua boa vontade — dentro de nossa plena capacidade. E essa capacidade deve aumentar continuamente, ano após ano. É verdade que não esperamos ser aperfeiçoados até sermos “mudados” e recebermos um novo corpo na ressurreição. No entanto, enquanto esperamos isso, podemos manter um contato bem estreito com o Senhor no espírito de nossa mente e, assim, permaneceremos em contínua comunhão com Ele. Z. 1897-312; R2236:5
16 de fevereiro
“Por honra e por desonra; por difamação e por boa fama; tidos por enganadores, sendo verdadeiros; … Não damos motivo de escândalo a ninguém, em circunstância alguma, para que o nosso ministério não caia em descrédito.” — 2 Coríntios 6:8, 3
QUANDO ESTAMOS cumprindo nosso dever do melhor modo possível e aparentemente temos as bênçãos e o favor do Senhor sobre nós e nossos assuntos em um grau muito acentuado, e de repente, os problemas começam a surgir, junto com adversidades, nesse caso os poderes das trevas parecem triunfar, e, por um tempo, as pessoas podem nos julgar culpados, aparentemente abandonados pela providência divina. Tais experiências, sem dúvida, são necessárias para nós. Embora possamos dizer:
“Prefiro andar no escuro com Deus,
A caminhar sozinho na luz”
Isso pode, todavia, não passar de mera vanglória, a menos que nos sujeitemos às experiências atribuladas que podem desenvolver o tipo de fé e confiança de quem segura firme a mão do Senhor e confia plenamente na providência divina na hora mais escura de sua vida. Z. 1901-314; R2886:3
17 de fevereiro
“Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” — Mateus 11:29, 30, NVI
A PALAVRA de Deus garante aos que carregam esse jugo que todas as coisas estão operando para o bem deles; que, quanto mais pesado for o fardo colocado, proporcionalmente maior será a bênção e a recompensa por isso; quanto mais severas forem as experiências durante o tempo presente, mais brilhantes serão a glória, e mais brilhante será o caráter deles, e mais serão assegurados de que estão sendo preparados e polidos para o Reino celestial. Desse ponto de vista, todo fardo é leve, porque apreciamos nosso jugo e o consideramos bem confortável e razoável. Além disso, é bem leve porque o Senhor está conosco nesse jugo. Z. 1900-137; R2625:5
18 de fevereiro
“Jeová, vosso Deus, vos está experimentando, para saber se o amais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.” — Deuteronômio 13:3
O REINO destina-se apenas àqueles que, pela graça de Deus, se tornarem no coração semelhantes ao Senhor Jesus, no sentido de amarem ao Senhor de todo o coração, de toda a alma e poderem dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a tua.” Apenas essa condição de submissão total ao Senhor pode nos tornar aceitáveis para o Reino; pois nenhuma outra condição representa a auto-submissão completa e o amor total a Deus. E não nos esqueçamos de que todas as coisas celestes que “o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem”, Deus reservou para aqueles que o amam supremamente. Z. 1898-40; R2258:2
19 de fevereiro
“Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.” — Tito 1:15, 16, ARA
COMO É terrível essa condição, e como todo o povo do Senhor deve cuidar para, além de terem um coração e uma mente puros, também manterem sua consciência bem treinada de acordo com a Palavra do Senhor. Só conseguiremos alcançar isso por avaliamos a nós mesmos de forma estrita e constante de acordo com o padrão que Deus nos deu, Sua lei do amor.
“Eu quero que meus primeiros sentimentos
De orgulho ou de terno desejo;
Controlem a vontade dos meus pensamentos,
E apaguem esse fogo aceso.”
Z. 1899-214; R2516:6
20 de fevereiro
“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” — Tiago 1:26, NVI
VISTO QUE a língua reflete o que há no coração, pois,“da plenitude do coração a boca fala”, a língua desenfreada, que fala com egoísmo, inveja, amargura, jactância e calúnias, prova que um coração cheio dessas coisas não é santificado, mas é profano e gravemente desprovido do espírito de Cristo — daí, qualquer religião que essa pessoa venha a ter é vã, pois esse coração não está salvo, nem está em condições de salvação. Mas o Bom Médico indicou antídotos para o envenenamento de almas que, se devidamente tomados de acordo com as instruções, poderão adoçar um coração amargo. Z. 1899-215; R2517:2
21 de fevereiro
“Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; assim, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.” — Salmo 31:3
DEPOIS DE o Senhor nos dar certas lições e experiências, algumas das quais recebidas em condições tranquilas e repousantes, a ordem do procedimento pode ser alterada, e a indicação das providências do Senhor pode levar a algumas rupturas de condições que haviam sido ambas favoráveis e desfavoráveis em alguns aspectos —levando a novas circunstâncias e condições. O verdadeiro israelita espiritual não deve murmurar ou reclamar, ou mesmo expressar uma escolha; mas ele deve buscar o Senhor para orientação. Se ele pode discernir a orientação da providência divina, mesmo que esteja em uma condição de deserto mais árida e indesejável do que a em que estava anteriormente, ele deve seguir a liderança do Senhor sem questionamentos e entoando canções de fé e confiança. Z. 1902-249; R3060:6
22 de fevereiro
“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm.” — Hebreus 13:5, NVI
AS ORAÇÕES egoístas têm seu preço. Alguns ganharam riquezas e perderam a verdade e seu serviço; alguns ganharam saúde, só para descobrir que, com isso, receberam outras provações não menos severas: alguns tiveram seus entes queridos resgatados da própria boca da morte, apenas para desejar depois que Deus não tivesse respondido às suas orações — ou, mais corretamente, desejar que tivessem aceitado completamente a sabedoria e as providências do Senhor, com alegria e sem reclamações. … O Israel espiritual deve usar sabiamente as coisas que estão ao seu alcance — aceitando tudo como se fossem dons de Deus e com ação de graças; mas suas petições devem ser dons espirituais — incluindo a perseverança paciente e o contentamento de coração. Z. 1902-250; R3061:3
23 de fevereiro
“Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.” — Salmo 32:8
UMA DAS lições mais importantes para o israelita espiritual é aprender a buscar a orientação do Senhor em todos os assuntos da vida — nunca tentar realizar qualquer tarefa temporal ou espiritual, sem procurar notar a vontade do Senhor em relação à mesma. … Estamos marchando em direção a Canaã e sabemos que outras experiências nos são devidas e devemos tê-las antes que possamos herdar as promessas. A lição para nós é a pronta e completa obediência às orientações do Senhor, sem murmurações — com alegria; e isso só pode ser esperado daqueles que aprenderam as lições dadas anteriormente e, acima de tudo, as lições da fé — a confiança no poder, na bondade e na fidelidade do Senhor. Z.1902-251, 249; R3062:1, 3061:1
24 de fevereiro
“Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” — Romanos 8:3, 4, NVI
COMO SÃO consoladoras tais afirmações! São, de fato, maravilhosas palavras de vida! Elas nos enchem de esperança. Se Deus aceita as intenções perfeitas do coração, em vez da perfeição absoluta da carne — então temos realmente a esperança de atingir o padrão que Ele definiu para nós — o padrão da perfeição. … Podemos caminhar segundo o Espírito, no entanto, no que diz respeito ao nosso corpo mortal, não podemos andar de acordo com os requisitos do Espírito. Nossa mente pode caminhar no Espírito, nossas intenções podem ser perfeitas; e é isso que o Pai Celestial busca em nós, a perfeição de intenção. Z. 1902-248; R3060:1
25 de fevereiro
“Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” — Mateus 4:4
DEVEMOS APRENDER a lição de que a vida de um homem não consiste na abundância de coisas que ele possui — comida e vestuário —, mas que sua vida, no sentido mais completo, mais grandioso e elevado, depende da sua completa submissão à vontade divina: Sua atenção minuciosa a todas as palavras que saem da boca de Deus — todas as advertências, todos os encorajamentos, todas as promessas, são necessárias para o desenvolvimento daqueles a quem Deus está agora chamando para a vida eterna como coerdeiros de Seu Filho no Reino. Então, que todos nós, cada vez mais, quais discípulos, alunos, do Senhor Jesus, tenhamos isso em mente e ajamos de acordo com as palavras do texto. Z. 1902-246,248; R3058:5; 3060:4
26 de fevereiro
“Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se!” — Filipenses 4:4
NÃO HÁ limites para o número de cristãos que se alegram no Senhor, nem para a intensidade de sua alegria. Essa alegria não é necessariamente extasiante, nem necessariamente o contrário disso. Mas sugere serenidade, felicidade, paz, prazer da alma, e não significa que uma demonstração ruidosa seja essencial, como alguns pensam erroneamente. … Os únicos que podem se alegrar sempre são aqueles que estão vivendo muito perto do Senhor, e que podem sempre sentir que estão unidos com Ele, e que Sua proteção e cuidado estão sobre eles, e que Sua promessa é certa, que todas as coisas cooperarão para o mais elevado bem-estar das novas criaturas. Z. 1903-7; R3128:2
27 de fevereiro
“Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens.” — Filipenses 4:5, ARA
A PALAVRA grega aqui traduzida como “moderação” parece transmitir a ideia de razoabilidade e de não exigir nossos direitos de forma muito rigorosa. A misericórdia e a clemência são certamente qualidades exigidas de todos os que se tornam membros do corpo do Ungido. Devemos ser fiéis em colocar em prática, na medida do possível, tudo o que a justiça exigir de nós. Ao mesmo tempo, devemos ter misericórdia em relação a tudo que a justiça exigiria que outros colocassem em prática para conosco. Se essa for nossa regra, então seremos filhos de nosso Pai, que está nos céus, pois Ele é amável e misericordioso com os ingratos. Z. 1903-7; R3128:2
28 de fevereiro
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica.” — Filipenses 4:6
ALGUÉM PODERIA perguntar: Por que Deus não nos dá as coisas que Ele vê que necessitamos, sem termos que pedir a Ele e reivindicar Suas promessas? Sem dúvida, é porque precisamos primeiro estar na atitude adequada de coração para receber seus favores e ser beneficiados por eles. Mesmo assim, podemos ter certeza de que não apreciamos suficientemente o cuidado divino que nos foi concedido até o momento. Mesmo na atitude de oração e ação de graças, provavelmente não discernimos nem a metade de nossas causas de gratidão, como por fim as veremos em sua totalidade, quando o conhecermos assim como somos conhecidos. Z. 1903-8; R3128:6
29 de fevereiro
“Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.” — 1 João 4:16
A JUSTIÇA preenche uma medida, mas o amor a sacode, a calca, a enche até a borda e, com isso, transborda a justiça. É, portanto, algo que não deve ser exigido, nem a sua falta deve ser reclamada, mas deve ser gratamente apreciado como um favor e ser generosamente retribuído. Todo aquele que anseia por ele deve almejá-lo em seu sentido mais elevado — a sensação de admiração e reverência. Mas esse tipo de amor é o mais caro, e a única maneira de assegurá-lo é manifestar a nobreza de caráter que os verdadeiramente nobres possuem. Z. 1902-266; R3071:1
1 Tradução livre de uma frase de um soneto de John Milton (Londres, 9 de dezembro de 1608 — Londres, 8 de novembro de 1674). John Milton foi um poeta, polemista, intelectual e funcionário público inglês, servindo como Secretário de Línguas Estrangeiras da Comunidade da Inglaterra sob Oliver Cromwell. Escreveu em um momento de fluxo religioso e agitação política, e é mais conhecido por seu poema épico Paraíso Perdido (1667), escrito em verso branco.
When I Consider How My Light is Spent
Ere half my days in this dark world and wide,
And that one talent which is death to hide
Lodg’d with me useless, though my soul more bent
To serve therewith my Maker, and present
My true account, lest he returning chide;
“Doth God exact day-labour, light denied?”
I fondly ask. But Patience to prevent
That murmur, soon replies: “God doth not need
Either man’s work or his own gifts; who best
Bear his mild yoke, they serve him best. His state
Is kingly. Thousands at his bidding speed
And post o’er land and ocean without rest:
They also serve who only stand and wait.”